terça-feira, 30 de junho de 2009

A luz dos grandes mestres

Vale a pena procurar o documentário “A Luz Holandesa” (Hollands licht – Dutch Light), produzido em 2003, com direção de Pieter-Rim de Kroon. O filme tem um ritmo lento e às vezes chega a ser um pouco cansativo na sua investigação, mas sua proposta é bastante interessante. Parte da premissa de que a luz que se vê nas pinturas holandesas do século XVII era única e conferia a essas obras uma beleza incomparável. Essa luz não era encontrada em nenhuma outra parte do planeta, devido principalmente às condições topográficas daquele país.
A Holanda possuía grandes áreas alagadas que provocavam uma refração da luz singular. Com o aterramento de algumas regiões, para a construção de diques, essa característica teria desaparecido e com ela a luz que inspirava os artistas. (Manet, séculos depois, teria ido à Holanda em busca dessa luz lendária).
O fotógrafo alemão Joseph Beuys, na década de 1950 formulou a teoria da existência dessa luz mítica modificada pela intervenção humana na natureza. Cientistas e artistas plásticos debatem a questão, através da observação das obras produzidas no passado e da realização de experimentos que procuram recriar alguns dos aspectos físicos que podem ter influenciado o olhar dos grandes mestres holandeses.

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